Rachel de Queiroz[1] (
Fortaleza,
17 de novembro de
1910 —
Rio de Janeiro,
4 de novembro de
2003) foi uma tradutora, romancista,
escritora,
jornalista e importante dramaturga
brasileira.
Autora de destaque na
ficção social
nordestina. Foi primeira mulher a ingressar na
Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardoada com o
Prêmio Camões, equivalente ao
Nobel, na língua portuguesa. É considerada por muitos como a maior escritora brasileira.
Rachel era filha de
Daniel de Queiroz Lima e
Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de
José de Alencar.
Em 1917, após uma grande
seca, muda-se com seus pais para o
Rio de Janeiro e logo depois para
Belém do
Pará. Retornou para
Fortaleza dois anos depois.
Em
1925 concluiu o curso normal no Colégio da Imaculada Conceição. Estreou na imprensa no
jornal O Ceará, escrevendo
crônicas e
poemas de caráter
modernista sob o pseudônimo de Rita de Queluz. No mesmo ano lançou em forma de
folhetim o primeiro romance,
História de um Nome.
Aos vinte anos, ficou nacionalmente conhecida ao publicar
O Quinze (
1930),
romance que mostra a luta do povo nordestino contra a seca e a
miséria. Demonstrando preocupação com questões sociais e hábil na análise psicológica de seus personagens, tem papel de destaque no desenvolvimento do romance nordestino.
Começa a se interessar em política social em
1928-
1929 ao ingressar no
que restava do Bloco Operário Camponês em Fortaleza, formando o primeiro núcleo do Partido Comunista. Em
1933 começa a ter dissenções com a direção e se aproxima de
Lívio Xavier e de seu grupo em
São Paulo, indo morar nesta cidade até 1934. Milita então com
Aristides Lobo,
Plínio Mello,
Mário Pedrosa, Lívio Xavier, se filiando ao sindicato dos professores de ensino livre, controlado naquele tempo pelos
trotskistas.
Depois, viaja para o norte em 1934, lá permanecendo até 1939. Já escritora consagrada, muda-se para o Rio de Janeiro. No mesmo ano foi agraciada com o Prêmio Felipe d'Oliveira pelo livro
As Três Marias. Escreveu ainda
João Miguel (1932),
Caminhos de Pedras (1937) e
O Galo de Ouro (1950).
Foi presa em 1937, em Fortaleza, acusada de ser comunista e exemplares de seus romances foram queimados. Em 1964 apoiou a
ditadura militar que se instalou no Brasil.
Lançou Dôra, Doralina em 1975, e depois
Memorial de Maria Moura (1992), saga de uma
cangaceiratelevisão em 1994 numa
minissérie apresentada pela
Rede Globo. Exibida entre maio e junho de 1994 no
Brasil, foi apresentada em
Angola,
Bolívia,
Canadá,
Guatemala,
Indonésia,
Nicarágua,
Panamá,
Peru,
Porto Rico,
Portugal,
República Dominicana,
Uruguai e
Venezuela, sendo lançada em
DVD em 2004. nordestina adaptada para a
Publicou um volume de
memórias em 1998. Transforma a sua "
Fazenda Não Me Deixes", propriedade localizada em
Quixadá, estado do
Ceará, em
reserva particular do patrimônio natural. Morreu em
4 de novembro de
2003, vítima de problemas cardíacos, no seu apartamento no Rio de Janeiro, dias antes de completar 93 anos.
Fonte :
http://pt.wikipedia.org/wiki/Rachel_de_Queiroz